TUMORES CARTILAGINOSOS
ESTUDO DA DISCREPÂNCIA ENTRE O DIAGNÓSTICO DA BIÓPSIA E O DA CIRURGIA
O Condrossarcoma é um tumor raro, mas é o mais comum entre os tumores ósseos (0,28/100.000 habitantes no UK).
O tratamento varia de acordo com a histologia do tumor e pode ser desde a curetagem intra-lesional para os Condrossarcomas de Grau 1, até a ressecção completa com margens amplas nos Condrossarcomas de maior Grau. Devido a isso, a definição do grau antes da cirurgia é importante.
Este estudo, realizado na Inglaterra, avaliou em 237 pacientes, a discordância entre o diagnóstico provisório da Biópsia comparado com o diangóstico definitivo do estudo de todo o tumor, após a Cirurgia.
RESULTADOS
- Biópsia com mesmo grau que a Cirurgia = 181 (76%) pacientes
- Biópsia com menor Grau do que a Cirurgia = 36 (15,2%) pacientes
- Biópsia com maior Grau do que a Cirurgia = 6 (2,5%) pacientes
As Biópsias realizadas nos Tumores de Superfície ou nas exostoses, mostraram maior discrepância do que aqueles localizados no interior dos ossos.
Esses resultados mostram que, o resultado da Biópsia como método isolado, não é suficiente para determinar o melhor tratamento para o paciente. O estudo mostra que o conjunto de exames incluindo as radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, além da história clínica do paciente devem ser avaliados em conjunto para a determinação do melhor tratamento para o paciente.
Em nossa opinião acreditamos que a biópsia deve ser realizada naqueles pacientes com suspeita de Condrossarcoma, quando o resultado da biópsia, pode modificar a conduta cirúrgica a ser adotada. Acreditamos que naqueles casos onde, independente do resultado da biópsia, a técnica cirúrgica escolhida é capaz de ressecar a totalidade do tumor, podemos não realizar a biópsia.